quinta-feira, 21 de outubro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Que encrenca que as feministas nos arranjaram. Estimularam o pensamento livre, a autoestima, a produtividade e a alegria de trilhar um caminho condizente com nosso potencial. De apêndices dos nossos pais e maridos, passamos a ter um nome próprio e uma vida própria, e acreditamos que isso seria excelente para todos os envolvidos, afinal, os sentimentos ficaram mais honestos, e com eles os relacionamentos. O amor deixou de ser o álibi para um lucrativo arranjo social. Passou a ser mais espontâneo, e as carências de homens e mulheres foram unificadas, já que todos precisam uns dos outros para dividir angústias, trocar carinho, pedir apoio, confessar fraquezas, unir forças no momento das dificuldades. Todos se precisam da mesma forma, não de formas distintas. Mas há quem defenda que homem só precisa de paparico e mulher de quem tome conta dela, punto e basta.

Nunca imaginei que em 2010 ainda estaria escrevendo sobre isso. Achei que os homens já tivessem percebido o quanto ganham em ter uma mulher inteira a seu lado, e não um bibelô. Acreditei que a competitividade tivesse dado lugar a um companheirismo mais saudável e excitante, onde todos pudessem se orgulhar dos seus avanços e se apoiar nas quedas, mas que iludida: isso é coisa pra meia dúzia de emancipada, filha. Essas mulheres aí que não cozinham, não passam, não lavam, só evoluem, essas não são exemplo pra ninguém, são umas coitadas de umas infelizes que pagam as contas e ainda se acham divertidas, se fazem de inteligentes, querem bater perna em Nova York, pois vão arder no fogo do inferno, vão amargar na solidão, vão se arrepender de ter lido aquela Simone de Beauvoir, vão morrer abraçadas aos seus laptops, aqui se faz, aqui se paga, escreve aí.

Tamo ferrada.
Martha Medeiros

domingo, 10 de outubro de 2010

Tudo em mim tem sido esta vontade de afagar.
Há tempos não me ocupo com outra coisa: em tudo que toco ou manuseio há o propósito de cura através do calor das minhas mãos.
Tudo em mim tem sido a necessidade de vivenciar profundamente.
Se as palavras têm estado ausentes, aceito este recolhimento delas.
E espero que voltem com um coração pulsando muito vivo dentro de cada uma.
Por isso a vontade de experienciar cada sensação plenamente antes de tentar decifrar organizando em textos o que tenho sentido.
Dentro dessa minha desaceleração, tenho descoberto muita coisa como, por exemplo, quão necessário é saber receber amor.
Deixar que tudo seja troca antes de ser um troféu.
Deixar que o caos se mantenha intacto antes que haja ajustes.
Ando muito comprometida com as essências.
E com um respeito súbito, a partir daí, pelas aparências.
Não vejo menores importâncias, vejo acontecimentos.
E tenho olhado pras coisas sem aquela grande gravidade.
Tudo em mim tem sido esta disposição para o amor.
E, se vocês pudessem me ver agora, veriam, existe caricia até no meu olhar.


.(Marla de Queiroz)







Olhando daqui, percebo que pessoas e circunstâncias tiveram um propósito maior na minha vida do que muitas vezes, no momento de cada uma, eu soube, pude, aceitei, ler.
Parece-me, agora, que cada uma, no seu próprio tempo, do seu próprio modo, veio somar para que eu chegasse até aqui, embora algumas vezes, no calor da emoção da vez, eu tenha me rendido à enganosa impressão de que veio subtrair.
A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço, mas que eu tenho aprendido a respeitar, cada vez com mais fé e liberdade.
O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma.
Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura.
A gente não precisa de certezas estáticas.
A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar.
De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura.
De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias.
A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos.
A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu.
É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele do coração.
A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver.
A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.
Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente.
Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

RECRIANDO A SUA LEMBRANÇA...OLHE O QUE FOI BOM ! VC TENTOU!

Recriar a sua história é possível..relembre ...volte até aquele momento ou situação traumática, sabe aquela que quando você se lembra ainda doí? Que você ainda chora e fica remoendo o que você poderia ter feito diferente? Como você poderia ter agido para transformar o que não foi bom em algo lindo e próximo do que vc sonhou?Sabe aquele dia em que todos os sonhos vieram abaixo?
 Reavalie o que vc viveu naqueles dias,o que vc sentiu, o quanto vc investiu e perceba que  naquelas circunstâncias vc só poderia ter feito o que vc fez,  a ideia era ser feliz,...não aconteceu como vc sonhou!
 Vc não soube reagir ao inesperado de forma diferente do que aprendeu desde criança, vc é humana e agiu como qualquer um faria, usando os recursos que te deram desde o berço, vc aprendeu  a reagir assim e ele poderia ter te amado ...sim ninguem é perfeito! Nem vc e nem ele! Ele poderia ter te entendido...pare de se culpar e pare de culpa-lo!Ele tbm reagiu como sabia!Ninguem teve culpa! Não existe culpa, vc foi o que vc pôde, naquele momento, vinda de tanta expectativa, sonhos e mais sonhos...ah vc fez o que era possivel !Vcs fizeram o que era possivel ...
A verdade e que vc foi forte, vc queria chorar e não parar mais e talvez se vc tivesse sido assim sincera tudo fosse diferente ou não...nunca vc vai saber então PARE!
Pare de achar que seria diferente e melhor se vc tivesse feito isso e ele aquilo...aconteceu, foi o que tinha que ser e agora chore e perdoe-se, perdoe a ele , aos dois...
A vivência trouxe aprendizagem, testou sua força,houve danos? Faz parte da vida, viver implica correr riscos e eventuais danos..paciência.
Tudo isso quer dizer que vc viveu...que você experimentou, fez bobagens? Fez sim... não fuga, mas lembre-se delas como exemplo e perdoe-se para poder viver novamente ...
Recrie a sua história, lembre-se da ternura, do amor imenso e único que vc sentiu e como vc esperou e investiu ...sorria!
Sorria ao lembrar como vc foi atrás do seu sonho...não deu, meteu os pés pelas mãos..lembre-se vcs 2 se confundiram, relações afetivas são plenas de contradições, é preciso 2 para dar certo!
Teve momentos lindos? Se sentiu amada?
Então é essa memória que vc vai levar daqui pra frente! Vc foi amada, amou e viveu!
Lembrar-se disso e sorria sempre até que vc só se recorde do que foi lindo...e assim sua história é transformada, as magoas vão embora e se vc perdeu, perdeu tentando, saiu do sonho e foi buscar o amor na realidade e é isso que te torna uma pessoa de valor, te torna uma mulher unica e de respeito !
Não ficou com ele? Paciência... não era o seu destino e prometa-se que de hj em diante vc vai lembrar-se só dos momentos de ternura...
sorria ao recordar
sempre... 
(patty marques)

domingo, 3 de outubro de 2010

RECRIANDO A RELAÇÃO COM O SEU PENSAMENTO...OSHO

Feche seus olhos, então focalize ambos os olhos bem no meio das duas sobrancelhas, como se você estivesse olhando lá com os seus dois olhos. Dê total atenção a isso.
No ponto certo, subitamente seus olhos ficarão fixos. E se a sua atenção estiver lá, você irá experienciar um estranho fenômeno: pela primeira vez você verá pensamentos passando diante de você; você se tornará uma testemunha. É como uma cena de um filme: pensamentos passando e você é uma testemunha.
Geralmente você não é a testemunha, você fica identificado com pensamentos. Se a raiva está lá, você fica raivoso. Se um pensamento lhe move, você não é a testemunha; você se torna um com o pensamento, identificado, e você se move junto com ele. Você se torna o pensamento; você toma a forma do pensamento.
Quando sexo aparece, você se torna sexual, quando aparece a raiva, você fica raivoso, quando a ambição aparece, você se torna ambicioso. Qualquer pensamento que se mova se torna identificado com você; não há nenhum intervalo entre você e o pensamento.
Mas focalizado no terceiro olho, subitamente você se torna a testemunha. Através do terceiro olho você pode ver os pensamentos passando como nuvens no céu ou como pessoas transitando pelas ruas.


Osho, em "The Book of Secrets"