quinta-feira, 24 de março de 2011

finalmente recriei-me

recriei-me aprendi deixar que a vida siga seu curso
que tudo flui e que energia estagnada mata
quero viver
que a mutilação sirva de lição
pro resto dos meus dias
...
o que para morre
os que não se encontram se perdem
o amor que não é vivido acaba...




meu rio segue seu rumo
seu rio segue o seu
se um dia nos encontrarmos e formos felizes será lindo
senão nem nos lembraremos mais do que sentimos
e do que doeu tanto...




24-03-2011
patty marques





sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

tentando acertar...

  Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.


Clarice Lispector
... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de.
Apesar de, se deve comer.
Apesar de, se deve amar.
Apesar de, se deve morrer.
Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.
Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida.



Clarice Lispector
...estou procurando, estou procurando.
Estou tentando me entender.
Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem,
mas não quero ficar com o que vivi.
Não sei o que fazer do que vivi,
tenho medo dessa desorganização profunda.



Clarice Lispector
obrigada pela graça alcançada

minha padreira
Nossa Sra de Lourdes
nossa senhora de Lourdes
minha padroeira
dia 11-02-2011

obrigada pela graça alcançada

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Como é triste saber que não se pode voltar a trás...que o que foi dito e feito não pode ser refeito
que as cicatrizes teimam em sangrar quando respiro, mas só quando respiro..

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

CELEBRIDADE ATUANDO...GEORGE CLOONEY SURPREENDE

Funcionários da consciência de George Clooney anti-genocídio organização Not On Our Watch uniram forças com boffins Google para lançar um relógio de fronteira de satélite da área que separa o norte eo sul do Sudão antes da votação da nação para a separação no mês seguinte (Jan10).

Na sequência de uma recente viagem à nação devastada pela guerra Africano, Clooney advertiu de guerra civil após a votação do Sul, em um referendo secessão.Ele pressionou os políticos dos EUA para fazer o que podia para evitar conflitos no Sudão, mas a estrela de cinema teme o pior, com a aproximação grande votação.
No entanto, sua Not On Our Watch parceiros estão interessados em que o mundo veja o que está acontecendo na fronteira nas próximas semanas e eles se uniram com o Google para o satélite Sentinel Project, que irá recolher imagens e ajudar a combater os militantes ainda mais para o Sudão apoio.


Clooney diz: "Queremos que os potenciais perpetradores de genocídio e outros crimes de guerra saibam que nós estamos assistindo, o mundo está assistindo. criminosos de guerra prosperar no escuro. É muito mais difícil de cometer atrocidades em massa no brilho dos holofotes da mídia ".






Referendum do sul do Sudão independência ocorre em 09 de janeiro (11).

é...parabéns George Clooney

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Que encrenca que as feministas nos arranjaram. Estimularam o pensamento livre, a autoestima, a produtividade e a alegria de trilhar um caminho condizente com nosso potencial. De apêndices dos nossos pais e maridos, passamos a ter um nome próprio e uma vida própria, e acreditamos que isso seria excelente para todos os envolvidos, afinal, os sentimentos ficaram mais honestos, e com eles os relacionamentos. O amor deixou de ser o álibi para um lucrativo arranjo social. Passou a ser mais espontâneo, e as carências de homens e mulheres foram unificadas, já que todos precisam uns dos outros para dividir angústias, trocar carinho, pedir apoio, confessar fraquezas, unir forças no momento das dificuldades. Todos se precisam da mesma forma, não de formas distintas. Mas há quem defenda que homem só precisa de paparico e mulher de quem tome conta dela, punto e basta.

Nunca imaginei que em 2010 ainda estaria escrevendo sobre isso. Achei que os homens já tivessem percebido o quanto ganham em ter uma mulher inteira a seu lado, e não um bibelô. Acreditei que a competitividade tivesse dado lugar a um companheirismo mais saudável e excitante, onde todos pudessem se orgulhar dos seus avanços e se apoiar nas quedas, mas que iludida: isso é coisa pra meia dúzia de emancipada, filha. Essas mulheres aí que não cozinham, não passam, não lavam, só evoluem, essas não são exemplo pra ninguém, são umas coitadas de umas infelizes que pagam as contas e ainda se acham divertidas, se fazem de inteligentes, querem bater perna em Nova York, pois vão arder no fogo do inferno, vão amargar na solidão, vão se arrepender de ter lido aquela Simone de Beauvoir, vão morrer abraçadas aos seus laptops, aqui se faz, aqui se paga, escreve aí.

Tamo ferrada.
Martha Medeiros

domingo, 10 de outubro de 2010

Tudo em mim tem sido esta vontade de afagar.
Há tempos não me ocupo com outra coisa: em tudo que toco ou manuseio há o propósito de cura através do calor das minhas mãos.
Tudo em mim tem sido a necessidade de vivenciar profundamente.
Se as palavras têm estado ausentes, aceito este recolhimento delas.
E espero que voltem com um coração pulsando muito vivo dentro de cada uma.
Por isso a vontade de experienciar cada sensação plenamente antes de tentar decifrar organizando em textos o que tenho sentido.
Dentro dessa minha desaceleração, tenho descoberto muita coisa como, por exemplo, quão necessário é saber receber amor.
Deixar que tudo seja troca antes de ser um troféu.
Deixar que o caos se mantenha intacto antes que haja ajustes.
Ando muito comprometida com as essências.
E com um respeito súbito, a partir daí, pelas aparências.
Não vejo menores importâncias, vejo acontecimentos.
E tenho olhado pras coisas sem aquela grande gravidade.
Tudo em mim tem sido esta disposição para o amor.
E, se vocês pudessem me ver agora, veriam, existe caricia até no meu olhar.


.(Marla de Queiroz)







Olhando daqui, percebo que pessoas e circunstâncias tiveram um propósito maior na minha vida do que muitas vezes, no momento de cada uma, eu soube, pude, aceitei, ler.
Parece-me, agora, que cada uma, no seu próprio tempo, do seu próprio modo, veio somar para que eu chegasse até aqui, embora algumas vezes, no calor da emoção da vez, eu tenha me rendido à enganosa impressão de que veio subtrair.
A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço, mas que eu tenho aprendido a respeitar, cada vez com mais fé e liberdade.
O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma.
Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura.
A gente não precisa de certezas estáticas.
A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar.
De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura.
De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias.
A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos.
A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu.
É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele do coração.
A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver.
A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.
Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente.
Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.